quarta-feira, 18 de julho de 2012

Povoado Alegre, Itaguaçu da Bahia, 14 de julho de 2012


Tem a Dona Maria, o Seu Agripino, a outra Dona Maria, a Cirlene, Felipão, Vitor, Juninho. Chegamos nas casas aqui de forma diferente: era dia, quase meio dele; estávamos sem nariz, com nossos vestidos e brincos floridos e instrumentos, frente às casas a tocar cantigas. Fez toda a diferença chegar assim! Era chegada mansa, nos convidavam a entrar ou já iam brotando cadeiras nas ruas para sentarmos a “prosear”. Após as músicas explicações de quem, por que, de onde viemos. Seu Pedro reconheceu meu nariz: com nariz grande assim já sei que é gaúcha. É, Seu Pedro, sou sim.
Na primeira casa brilhou olho, na segunda ganhamos almoço e nos acompanhou Dona Maria por toda a rua do povoado, porta em porta.
E assim nos brindaram aqui com histórias, abraços, sorrisos. E assim reconhecemos um chegar a meu ver muito mais doce, sereno e leve que no povoado anterior.  Olhávamos nos olhos com tempo e brisa mansa. Bailavam em nossa frente mães, crianças, avôs. 

"Óh Senhora do Rosário, a sua casa cheira
 Óh Senhora do Rosário, a sua casa cheira
Cheira a cravo, cheira a  rosa, cheira a flor de laranjeira
Cheira a cravo, cheira a  rosa, cheira a flor de laranjeira..."


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