Tem a Dona Maria, o Seu Agripino,
a outra Dona Maria, a Cirlene, Felipão, Vitor, Juninho. Chegamos nas casas aqui
de forma diferente: era dia, quase meio dele; estávamos sem nariz, com nossos
vestidos e brincos floridos e instrumentos, frente às casas a tocar cantigas. Fez
toda a diferença chegar assim! Era chegada mansa, nos convidavam a entrar ou já
iam brotando cadeiras nas ruas para sentarmos a “prosear”. Após as músicas
explicações de quem, por que, de onde viemos. Seu Pedro reconheceu meu nariz:
com nariz grande assim já sei que é gaúcha. É, Seu Pedro, sou sim.
Na primeira casa brilhou olho, na
segunda ganhamos almoço e nos acompanhou Dona Maria por toda a rua do povoado,
porta em porta.
E assim nos brindaram aqui com
histórias, abraços, sorrisos. E assim reconhecemos um chegar a meu ver muito
mais doce, sereno e leve que no povoado anterior. Olhávamos nos olhos com tempo e brisa mansa. Bailavam em nossa frente mães, crianças, avôs.
"Óh Senhora do Rosário, a sua casa cheira
Óh Senhora do Rosário, a sua casa cheira
Cheira a cravo, cheira a rosa, cheira a flor de laranjeira
Cheira a cravo, cheira a rosa, cheira a flor de laranjeira..."
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