A potência de
tocar instrumentos e cantar cantigas é algo tão forte que surpreendo-me toda
vez que tocamos. Nem eu creio que consigo tocar o tambor no ritmo – cheguei em
Salvador dizendo: “não Laurinha, não vai rolar!” Graças a insistência dela e de
Alice fui pouco a pouco aprendendo uma coisa ou outra, e apesar de não saber
muito já atrevo-me a algumas batidas.
Ontem à noite
vieram aqui na casa de Joelma a pedir canção. Na segunda música a casas havia
enchido de gente vinda de todo canto a ouvir e vibrar junto. Coisa bonita de se
ver, gente a sorrir. E foi tanta animação (e sendo tão pequeno nosso
repertório)que repetimos três vezes as mesmas músicas, e as pessoas ainda a
bater palmas no ritmo e a pedir que tocássemos mais.
Ao fim, após
longo tempo de silêncio a tentarmos lembrar de canções diferentes veio o
pedido:
- Ah... então
toquem só mais uma para Jair.
- Jair?
- Já ir
dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário