sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Povoado Cotovelo, 23 de julho de 2012


A potência de tocar instrumentos e cantar cantigas é algo tão forte que surpreendo-me toda vez que tocamos. Nem eu creio que consigo tocar o tambor no ritmo – cheguei em Salvador dizendo: “não Laurinha, não vai rolar!” Graças a insistência dela e de Alice fui pouco a pouco aprendendo uma coisa ou outra, e apesar de não saber muito já atrevo-me a algumas batidas.
Ontem à noite vieram aqui na casa de Joelma a pedir canção. Na segunda música a casas havia enchido de gente vinda de todo canto a ouvir e vibrar junto. Coisa bonita de se ver, gente a sorrir. E foi tanta animação (e sendo tão pequeno nosso repertório)que repetimos três vezes as mesmas músicas, e as pessoas ainda a bater palmas no ritmo e a pedir que tocássemos mais.
Ao fim, após longo tempo de silêncio a tentarmos lembrar de canções diferentes veio o pedido:
- Ah... então toquem só mais uma para Jair.
- Jair?
- Já ir dormir.

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